domingo, 23 de dezembro de 2007

Ofereceram-me um automóvel

NOITE DE 16 PARA 17 DE ABRIL DE 1997
Ofereceram-me um automóvel. Parece um rebuçado. É todo branco, mas tem uns pormenores em verde e noutra cor que não me lembro, mas são cores translúcidas, e esses pormenores são uma espécie de apêndice do carro, que o tornam especial. Também me lembro do E. B. que já morreu e foi um colega e amigo há muitos anos. E a mulher dele também entra. Não é suposto ela aparecer, e aliás ele estava a atirar-se a mim. Parece que ela chega para controlar o marido, mas eu não me importo porque também a conheço. E vejo, na rua, o meu amigo João Carlos, que já não vejo há muito tempo, e digo, olha, é mesmo ele! E o João levanta a cabeça e vê-me, e eu mando-o subir, porque tenho mesmo vontade de saber como é que ele está, e se continua em Angola, e se a história dele com a tal rapariga correu bem, e tal.

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