NOITE DE 1 PARA 2 DE ABRIL 1998
Há um novo engenho de guerra. Um homem sózinho pode manobrá-lo. Vejo o pesado camião subir pelas encostas de uma falésia, com o homem estrangeiro ao volante, manobrando uma espécie de radar. É um condutor e um soldado de serviços especiais. Ele aponta o radar para um veículo e dispara. O projéctil atravessa a carlinga do alvo, destruindo-o quase sem ruído. Por implosão.
Estamos perto de uma antiga fortaleza. É de dia. À minha direita vejo o mar, do alto destas falésias. Nessa fortaleza há uma festa. Eu ando por aqui, estupefacta com esta nova arma desconhecida. O radar gira em todas as direcções, e aponta um novo alvo. É uma espécie de treino: o alvo, de novo uma viatura, é destruído.
Há um outro homem que vê tudo isto. É soldado, também é estrangeiro, e agora quer dar o alarme. O condutor da máquina de guerra pressente-o. Fareja-o com o radar, mas ele consegue fugir. E agora estamos os dois, eu do lado de dentro da fortaleza, ele do lado de fora, a tentar encontrar um interlocutor a quem passar aquela informação. Eu estou à entrada da fortaleza, enquanto passam por mim homens e mulheres vestidos de festa, e empregados com bandejas com bebidas ou canapés e tapas, faço-lhe sinal para que entre:
«Aquela máquina vai atingir o meu País. Todas as pessoas que são importantes no meu País estão nesta festa. Quando ele disparar para uma destas salas destrói séculos de História, e mata tudo.»
Como estamos avisados, nós ainda podemos fugir. Mas não queremos. O homem junta-se a mim, e a máquina de guerra aproxima-se de uma das entradas da fortaleza, procurando o melhor ângulo para atingir o âmago da festa. Agora estamos junto de um torreão, e vamos subir por umas escadas estreitas para o local onde está hospedado um «Mau».
É um sítio que se vai revelando desarrumado e sujo, e quando vamos entrar no quarto pequeno do torreão um cão ladra. É um pastor alemão que o «Mau» deixou a guardar as coisas. Descemos as escadas estreitas a correr. Chego cá abaixo e o cão passa por nós. É uma cadela e leva dois sacos de pano na boca. Corre. Agora há muita gente connosco. Depois a cadela volta atrás, e já sem sacos sobe de novo para o teorreão. E agora nós percebemos o que aconteceu. Ela teve cachorrinhos. Três enormes cachorrinhos pastores alemães.
Brinco com eles. Têm patas fortes.
Curioso. Parece que tens ciclos temáticos de sonhos que se estendem por vários dias. Isso é quase um festival de cinema dentro da cabeça.
ResponderEliminarMuito bem observado. Nessa altura são os filmes de guerra. Só lhes falta o genérico...
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