22 PARA 23 DE FEVEREIRO DE 1995
Novamente um indiano. Sei que já o encontrei mais vezes, nos meus sonhos. Agor, aliás, é um casal de indianos, mas a mulher não está. Eu é que estou em casa com ele. Há um cão no quarto. É cachorro e brincalhão. Antes, penso, eu tinha combinado com o indiano ir à loja dele buscar coisas, ou fazer compras. Mas agora estou a brincar com o cão, que se agarra ao cinto do meu roupão, que é como que uma trança de seda. O cão morde e brinca com o cinto do meu roupão e acaba por desmanchar uma das pontas.
Olho para o Paulo, que está ao meu lado e peço-lhe que me conserte aquele cinto, mas faço-lhe o pedido com imensa cerimónia, e ele responde quase do mesmo modo, mas a rir. E garante-me que conserta o cinto.
Depois estou a atravessar uma rua, com ele, porque combinei ir encontrar-me com a Blá numa estação de Caminhos-de-Ferro, penso que no Cais do Sodré. O Paulo está ao meu lado. Ele vai carregado de livros. São tantos livros que quase lhe tapam a a cara. Depois eu ainda lhe passo umas coisas, que tinha na mão, para ele carregar com elas. Depois ele põe-me o braço por cima dos ombros.
Depois encontro o Joshua e fico tão contente, tão contente. Começo a contar-lhe dos sonhos que sonhei com ele. Ele, entretanto, diz que recebeu aquela minha carta, que lhe mandei no mundo de acordada, e pergunta-me se não lhe voltei a escrever, e eu digo-lhe, super animada, que continuo a escrever os meus sonhos, sempre. E ele diz-me que faz o mesmo há imenso tempo, e eu não acredito. E ele insiste, mas explica-me que não vai escrever nenhum livro, porque o negócio dos livros está mau, mas vai fazer um CD Rom. E repete que escreve sonhos desde o tempo em que andamos juntos, mas se calhar nunca me disse.
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