domingo, 15 de abril de 2007

E os dois eram o Drew e o Drew é só um

NOITE DE 3 PARA 4 DE ABRIL DE 1997
Estava dentro de uma casa grande e vieram dizer-me que o Drew estava lá fora para falar comigo e tinha vindo a correr. E fui ter com ele e estavam lá fora dois rapazes. E eram os dois magros, e os dois eram o Drew, e isto era normal. Mas comecei a ficar confusa e a tentar lembrar-me de qualquer coisa, e de repente lembrei-me. E lembrei-me que o Drew é só um. E fiquei muito perturbada e comecei a dizer-lhe isto, ou ia dizer. E até quase que acordei com o susto, só para me lembrar que não me podia esquecer disto.
E depois estava com o Eduardo, e ia jantar com ele, mas não era nesse dia, ou nessa noite. E estava mais gente e estava toda a gente bem disposta. E dentro dessa casa, que era um hotel, mas era um hotel familiar, estava a Leonor a tomar conta de uma criança, e era uma criança que ia ser operada aos rins. E ela estava a confortá-la, e a tranquilizar a criança. E eu fiquei espantada por não estarem ali os pais da menina, e ela disse-me que tinham viajado. E depois quando olhei para elas, as duas estavam a dormir. A M. Leonor tinha a boca muito aberta, e via-se que tinha poucos dentes. E a criança estava a dormir no colo dela.
E antes eu estava a olhar para um recinto onde estavam animais. E num recinto estava uma coisa estranha. Era um tubo de vidro grosso, muito grande, onde havia um animal. Era um peixe. Melhor, era uma espécie de vida anterior aos peixes. Um invertebrado, sem olhos, um animal perigoso das grandes profundidades. Uma espécie de moreia, com cor de ténia. E uma boca sem dentes que se abria a respirar dentro daquele tubo de aquário, e a boca era perigosa, porque não tinha dentes mas funcionava como uma ventosa. E tinha uma etiqueta com a marca e o preço, era esquisito. E depois olhei melhor e vi que afinal tinha olhos. E estava ali todo fechado dentro daquele espaço, e não se podia mexer. E afinal parecia já um mamífero. E era uma foca, ou tinha focinho de foca, ali aprisionado. E deu-me pena. E depois já não era uma foca, era um cão, e estava cá fora. E era um cão ferido. Ou doente.

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