Noite de 15 para 16 de Junho de 2010
A mulher está do outro lado da margem do rio. É um rio estreito. A mulher é jovem. Ela atira-me coisas. Sao engenhos explosivos. Vários tipos de bombas, artesanais ou sofisticadas. Eu apanho-as e lanço-as para longe de nós. A certa altura farto-me e atiro-lhe uma daquelas coisas de volta. Não lanço porém com muita força e o engenho cai no meio do rio.
Eu não quero causar danos, então entro na água para apanhar a bomba e atirá-la para longe de nós as duas e para fora do rio, por causa dos peixes. É uma coisa feita com barras de dinamite castanhas e um mecanismo para detonar. A mulher jovem não tem qualquer expressão no rosto. Eu percebo que fiquei sem tempo. Não sinto medo, nem dor, quando aquilo explode entre os meus dedos. Com o impacto da explosão subo, subo, subo no céu. Tenho entre as mãos uma rosa de fogo a arder, mas não me queima.
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