sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Sorte ao jogo e... o telefonema de Joshua


NOITE DE 4 PARA 5 DE JULHO DE 1994
Há um jogo grande, num jardim. É um daqueles flipers com bolas, que controlamos por botões, só que neste caso o flipper ocupa quase uma espécie de canteiro. Tento uma vez, e a bola é engolida mal o jogo começa. Mas a jogada não vale e é-me dada uma segunda oportunidade. Há outra pessoa para jogar comigo, ou contra mim. Começo. Dou um único impacto à bola que salta, imediatamente, para a casa três, uma casa de sorte, onde o campo magnético faz ouvir o tilintar de sininhos e a bola salta para outras casas mais à frente. São de novo casas de sorte. Lembro-me de que me sinto quase envergonhada por tanta sorte, tanto mais que a pessoa que devia jogar quando eu parasse, se limita a ficar a ver e a perceber que, com um avanço daqueles, não tem hipótese de me ganhar.
A bola salta de novo, desta vez para três casas juntas o que lhe dá um impulso magnífico. Há casas de azar, armadilhas que fazem voltar para trás, mas a bola salta sempre em frente, até quase à meta.
Não me lembro se ganho, ou como ganho.
E depois estou no meu quarto e o telefone toca, e do outro lado do fio há uma voz quase inaudível que me chama, e eu percebo que é o Joshua, mas quero confirmar e pergunto "quem é?", e ele diz duas vezes o seu nome. Depois oiço-o a chamar-me, mas não consigo perceber o que me diz, porque de algum modo a ligação cai ou é cortada.
Depois há uma conversa com um médico.
Olho para uma caixa com lentes de contacto e fico muito espantada como se ali estivesse uma pista muito importante.

Sem comentários:

Enviar um comentário