quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Eu, a Alexandra, o azeite e os ovos

VÁRIOS, EM AGOSTO 1997
Sonho com a Alexandra o sonho do azeite e o sonho das galinhas. Acontece assim: dão-me azeite de qualidade excepcional. Trazem-mo numa garrafa de cinco litros. É daquelas garrafas de água. A Alexandra explica-me: para ser guardado e consumido nas melhores condições é preciso fervê-lo em banho-maria e isso demora sete horas. Além disso temos de o vigiar a operação, para que o azeite não ferva e não se derrame. Pode-se metê-lo no forno, num tabuleiro. Ou em cima, no fogão. Eu coloco o meu num tabuleiro, e vou vigiando a operação, mas a ideia de estar ali sete horas a olhar para aquilo deixa-me muito nervosa. Acho mesmo que é um processo um bocado tonto. A Alexandra diz que já tratou do azeite dela e eu resolvo aldrabar as horas. Penso: «sete é um número mágico, mas três também. Portanto só vou ferver o meu azeite durante três horas.»
Depois noutro sonho oferecem-nos galinhas, a mim e a Alexandra. São mesmo galinhas que cheiram a galinhas. Estão numas gaiolas baixas e apertadas, horríveis, como as que se usam para as levar ao mercado. Ora eu não quero as galinhas para nada, e a Alexandra também não, ainda por cima não sei onde as vou colocar, e não tenciono matá-las. O problema é que já não é possível recusar, porque é uma oferta com muito boa vontade, e é uma oferta que já está consumada.
As galinhas são galinhas poedeiras. Põem ovos muito bons. Penso: vou guardá-las no terraço da minha casa nova, e arranjo-lhes umas gaiolas mais confortáveis e maiores. Assim vamos ter ovos todos os dias.
Depois vejo os ovos: têm uma gema muito amarelinha.

2 comentários:

  1. Que sonho tão lindo! e que belos bolos fizemos com aqueles ovos! :)
    Agora fiquei a saber que não ferveste o azeite sete horas!

    ResponderEliminar
  2. Tás a ver? Isso explica muita coisa. Ou talvez não. Hum...

    ResponderEliminar