NOITE DE 5 PARA 6 DE OUTUBRO DE 1997
Um urso bebé. Passeia por uma trela, é para ser entregue a um amigo meu, homossexual. Andamos pelas vielas, ruas estreitas de uma cidade. A luz é amarelada, uma luz de candeeiros de petróleo, à noite. O urso, que está bem seguro, solta-se. E agora anda por cima dos automóveis. Tento deitar-lhe a mão. Tem o pêlo áspero. O meu amigo que é o dono do urso, vai limpá-lo, penteá-lo, lavá-lo com champô para ficar cheirosinho. Esse amigo tem outro amigo.
Depois estou a mudar a minha cama, no quarto. Quero que ela apanhe a luz do dia, para eu poder estar na cama a ler. É um quarto de passagem, porque esta casa não é minha, ou não é a casa definitiva. A cama vai ficar num local onde normalmente as camas não ficam. Com a cabeceira encostada a uma janela. A janela é grande, tem portadas de madeira, lá fora está muita luz do dia. Há vento. As cortinas esvoaçam. Arrasto a cama sozinha. Talvez não seja a melhor solução estética, mas é a mais favorável para ler.
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