quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Uma encomenda de África

NOITE DE 21 PARA 22 DE JULHO DE 1997
Escrevi uma carta a alguém que me responde. Já não estava à espera porque foi uma carta enviada para África, Gabão, talvez, e não conheço a pessoa a quem escrevi. Sei que é um negro e escrevi-lhe porque descobri umas folhas de papel escritas por ele, na parte de fora de um envelope. Essa foi a razão que me levou a contactá-lo.
Recebo uma encomenda. A encomenda traz uma vez a carta e a carta está do lado de fora, e nem tem envelope. Está escrita em folhas de papel reciclado, entaladas nas cordas que prendem o embrulho da encomenda. É uma carta muito agradável. Suponho que quem me escreve está a agradecer-me por qualquer coisa, mas não sei o que é.
Abrimos a encomenda com algum custo. É um saco de viagem azul. Monta-se e desmonta-se. Não tem nada lá dentro. Depois estamos a separar brinquedos de peluche das crianças. A Tita quer deitar todos fora. Os bonecos estão velhos, a pelúcia está gasta. Mas tenho pena de jogá-los fora.
Depois quero muito ir a Moçambique, mas a viagem é tão cara que decido arranjar bilhetes por razões profissionais e deslocar-me ali em trabalho.
Depois encontro a Alex e ela diz-me que já conseguiu arranjar dinheiro com um anel que penhorou numa Casa da Misericórdia, e eu só não a acompanho porque descubro, já dentro da sala, que a assistente social é a mesma que já me atendeu a mim, e a quem eu mandei várias pessoas amigas.
Depois sonho que estou a fazer um peru assado, e é um peru-borrego. Enorme, tostado, com umas grandes asas. Só que umas vezes já está assado, outras está a marinar e eu estou a pedir que me liguem o forno, e noutras está dentro de água e estou a lavá-lo.
Também sonhei com o Rafael. Inesperadamente estamos ao telefone os dois.

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