sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Aviões, helicópteros, perseguições e fugas


25 PARA 26 DE OUTUBRO DE 1994
Chegamos a uma casa. É uma casa de passagem. Num dos quartos há muita comida, e eu fui convidada para jantar. Vou com uma pessoa, um homem, que me chama da porta do quarto, mas eu digo-lhe que tenho que acabar de me arranjar. O homem insiste, e diz que estou atrasada, mas eu não me consigo despachar. Está naquela sala a Manuela Teresa, e ela tem óptimo aspecto. Até está bonita. Nem me lembro que ela morreu há uns anos. Depois preciso de telefonar a uma mulher-a-dias que não apareceu. E a seguir saio porque tenho de apanhar um avião. É um helicóptero. O meu amigo já está no ar e eu ponho-me ao nível da cara dele, para falarmos, embora não tenha saído do chão, como se fosse um truque de cinema. Penso que se estivesse ao pé dele, a voar noutro helicóptero, as nossas asas cortar-se-iam e as máquinas entravam em colisão.
Cá em baixo pego num triciclo e vou tentar voar. Mas para tomar balanço preciso de descer uma rampa e isso parece-me anormal. A rampa é pequena, mas a ideia de ir por ali abaixo a descer para depois subir não me parece fazer sentido. O ideal seria uma estrada em linha recta. Perto há instalações militares e políticas. Continuamos com o problema da criada, que ainda por cima não telefona. Depois acaba por telefonar.
E depois volto a viver o acidente de automóvel do outro sonho, só que agora não estou com a Alexandra estou com um amigo, e somos perseguidos. Corremos ao longo de uma estrada estreita e sinuosa, e o meu amigo vocifera e diz que os vai despistar. Ele está incomodado porque uma estrada daquelas não dá para despistar ninguém, e não é aconselhável fazer grandes velocidades, porque é perigosíssimo. E é o que acontece. Numa curva, o carro entra a direito e eu penso: “fosse um filme atravessávamos o abismo e apanhávamos a estrada do outro lado”. Só que não é um filme é o meu sonho, mas eu não sei que estou a sonhar. Depois penso: “se fosse um filme, eu saltava antes”, só que não é um filme, é o meu sonho, e não houve paragens antes para eu poder saltar. Penso: “vou-me esconder, e o carro que salte com o condutor e que se lixe”.
E agora estou escondida atrás de uma ponte baixa e os perseguidores vão até ali, e dizem que o carro se espatifou, e os ocupantes morreram, mas há um que tem dúvidas e quer procurar se não terá sobrevivido alguém, e fareja como se me pressentisse, só que os outros acham que é um disparate e eu sei que acabei de escapar à risca.
imagem:http://www.lindau-portal.de/bz_kw10-04/bhf.jpg

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