NOITE DE 21 PARA 22 DE FEVEREIRO DE 1998
Há muito barulho. Pelas frinchas das portadas de um camarote espreito os desfiles. São espectáculos de teatro, comédias de Carnaval. Não gosto. Estão a troçar do nosso País, com caricaturas de portugueses, Zés Povinhos, e as letras são escritas por brasileiros. Recuo, fecho a porta. Estou com duas crianças, e temos de sair dali. Chega um homem e diz:
«Venho entregar os bilhetes».
O homem vem da parte de outro homem. Não sei quem ele é, mas no sonho é alguém que conheço. Pego nos bilhetes, muito aliviada. Parecem selos do correio. Há quatro. O homem diz que são para mim, para as crianças e para outra pessoa que não sei quem é. O homem diz:
«Estes bilhetes são em primeira classe.»
Quero pagar, o homem não aceita. Os bilhetes foram pagos pelo outro homem a quem ele serve. Ele é o homem de recados dele. Eu aceito e compreendo.
Sem comentários:
Enviar um comentário