NOITE DE 13 PARA 14 DE JANEIRO DE 1998
Um jardim renovado muito recentemente. Era antigo, mas as plantas antigas estão secas. Há canteiros, muito compridos, paralelos, onde desponta uma erva nova, muito verde. Muito verde e muito brilhante. Um dos canteiros está quase todo coberto com um tapete vegetal novo. O outro canteiro mostra tufos de relva igualmente verde e brilhante, a emergir da terra castanha, onde antigos tufos de outra relva estão secos e mortos. O jardineiro explica que não se podia semear já a todo o comprimento a relva nova, mas sim colocá-la daquela forma para ela fincar bem as raízes e estender-se para conquistar todo o espaço.
Eu e o meu irmão vamos a correr e a saltar ao longo daquele canteiro. Temos o cuidado depôr os pés na terra seca para não pisar a relva nova. E é como se estivessemos a brincar.
Há um homem novo, de camisa aberta, e é gordo, e um pouco infantil. Esteve a beber, mas não vai beber mais. Entretanto embebedou com champanhe sete dálmatas. Leva-os a todos pela mesma trela. O Carnaval acabou, mas ele ainda tem serpentinas e confetis na cabeça. Coisas brilhantes. E a sala também tem vestígios de Carnaval.
A Pat entra e dá-me um grande abraço e os parabéns por voltar. Eu digo: isso ainda não está resolvido. Estou com a Alexandra, que está a ser contactada por alguém para ir ajudar a Luisa que enlouqueceu e está a tentar suicidar-se com facas. A Xana vai tentar dissuadi-la. Penso: não vale a pena.
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