sábado, 17 de outubro de 2009

Os cães de porcelana ficam vivos


NOITE DE 13 PARA 14 DE FEVEREIRO DE 1998
O homem está a limpar estatuetas de porcelana, muito pirosas. E de repente, essas porcelanas são dois cães vivos que vão para a exposição. São galgos. Acho-os muito magros. Depois há outros, alguns têm graça. Um deles salta-me para o colo, e põe-me as patas nos olhos. É muito afectuoso.
No terreno ao lado do nosso há cães muito feios, muito ferozes. Um deles solta-se – não é bem soltar-se, ele nem está preso. Ele sai do terreno dele e vem para o nosso. Todos ficam aflitos, e eu espero que o treinador dele apareça rapidamente, para o buscar. Mas ninguém aparece e o cão fareja tudo. Penso: «vou ter de subir a uma árvore». Não estou muito assustada. É como se a situação estivesse mais ou menos controlada, mas eu preciso de considerar todas as hipóteses.
Depois estou com o meu amigo. Fazemos projectos, como se tivéssemos o tempo todo à nossa frente. E à nossa frente há uma paisagem lindíssima. É uma praia com coqueiros.

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