NOITE DE 7 PARA 8 DE SETEMBRO DE 1994
Uma montanha. Andamos por montes e valados. Penso que estamos a fugir. Mas pelo menos eu recordo-me de o fazer com alguma alegria. Passamos, numa das encostas do monte, por um grupo de pastores. É uma dúzia de corpos tombados pelo chão, sobre as urzes, como se dormissem, enrolados nas suas capas escuras. Então lembramo-nos de ter ouvido falar daquele grupo desaparecido que também procurava fugir para o alto das montanhas, mas que, por algum motivo que permanece oculto, não conseguiram.
Nós conseguimos. De alguma maneira chegamos ao alto. Estamos noutro ponto de uma casa. Uma casa muito velha. Há árvores e plantas a toda a volta. Vou direita à janela. Lá fora está um homem a trabalhar no jardim. Na sala estão várias pessoas. Aproximo-me da janela e o homem, do lado de fora, agarra-me pelos ombros e beija-me, intensamente.
Depois arranca-me para fora de casa, pela janela. Sinto-me muito bem, mas um pouco perturbada pelas pessoas que estão na sala. Depois percebo que nem ligam.
De fora, olho a janela. É tão velha que a madeira está carcomida pelo bicho. Há montinhos de pó em baixo da vidraça e nas juntas das janelas. Está tudo um pouco a esboroar-se.
Uma montanha. Andamos por montes e valados. Penso que estamos a fugir. Mas pelo menos eu recordo-me de o fazer com alguma alegria. Passamos, numa das encostas do monte, por um grupo de pastores. É uma dúzia de corpos tombados pelo chão, sobre as urzes, como se dormissem, enrolados nas suas capas escuras. Então lembramo-nos de ter ouvido falar daquele grupo desaparecido que também procurava fugir para o alto das montanhas, mas que, por algum motivo que permanece oculto, não conseguiram.
Nós conseguimos. De alguma maneira chegamos ao alto. Estamos noutro ponto de uma casa. Uma casa muito velha. Há árvores e plantas a toda a volta. Vou direita à janela. Lá fora está um homem a trabalhar no jardim. Na sala estão várias pessoas. Aproximo-me da janela e o homem, do lado de fora, agarra-me pelos ombros e beija-me, intensamente.
Depois arranca-me para fora de casa, pela janela. Sinto-me muito bem, mas um pouco perturbada pelas pessoas que estão na sala. Depois percebo que nem ligam.
De fora, olho a janela. É tão velha que a madeira está carcomida pelo bicho. Há montinhos de pó em baixo da vidraça e nas juntas das janelas. Está tudo um pouco a esboroar-se.
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